sábado, 9 de abril de 2011

BOTULISMO

    

O botulismo é uma intoxicação alimentar pouco comum e potencialmente letal causada pelas toxinas produzidas pela bactéria Clostridium botulinum. Essas toxinas são os venenos mais potentes que se conhece e podem produzir danos graves dos nervos e músculos. Como elas produzem lesões nervosas, são denominadas neurotoxinas. 

A classificação médica do botulismo é feita de acordo com a sua origem.

·        O botulismo de origem alimentar é resultante da ingestão de alimentos contaminados.
·        O decorrente de uma ferida é resultante de uma ferida contaminada.
·        O botulismo do lactente também é decorrente da ingestão de alimentos contaminados e afeta lactentes.

Causas

A bactéria Clostridium botulinum forma esporos. Como as sementes, os esporos podem permanecer em um estado de latência durante muitos anos e são muito resistentes à destruição. Em condições ideais (presença de umidade e de nutrientes e ausência de oxigênio), os esporos começam a crescer e produzem uma toxina. Algumas toxinas produzidas pelo Clostridium botulinum são proteínas altamente tóxicas que resistem à destruição por parte das enzimas protetoras do intestino.
    Quando o alimento contaminado é consumido, a toxina penetra no organismo pelo sistema digestivo, causando o botulismo alimentar

·        As conservas caseiras são a fonte mais freqüente do botulismo, embora alimentos comerciais tenham sido responsáveis em cerca de 10% dos surtos.
·        Os vegetais, os peixes, as frutas e os condimentos são as fontes alimentares mais comuns.
·         A carne bovina, os laticínios, a carne suína e de aves e outros alimentos também foram responsabilizados por casos de botulismo.

     O botulismo devido a uma ferida ocorre quando esta é contaminada pelo Clostridium botulinum. No interior da lesão, as bactérias produzem uma toxina que é então absorvida para o interior da corrente sangüínea e produz os sintomas.
          O botulismo do lactente ocorre mais freqüentemente em lactentes com dois a três meses. Ao contrário do botulismo alimentar, ele não é causado pela ingestão da toxina pré formada, mas é resultante da ingestão de alimentos que contêm esporos, que desenvolvem se no intestino do lactente produzindo toxinas. A causa da maioria dos casos é desconhecida, mas alguns deles foram relacionados ao consumo de mel. O Clostridium botulinum é comum no meio ambiente e muitos casos podem ser decorrentes da ingestão de pequenas quantidades de poeira ou de terra.

 

Principais sinais e sintomas

Pode estar acompanhado, inicialmente visão dupla, boca seca, disfagia (dificuldade de deglutição), disfonia (distúrbio da voz) e fraqueza muscular progressiva, que evolui para paralisia respiratória. Tremores e vômitos também podem aparecer. O botulismo do lactente atinge, principalmente, menores de 1 ano, e, ocasionalmente adultos; caracteriza-se por tremores, hipotonia (flacidez muscular), inapetência (falta de apetite), disfagia e pode evoluir para insuficiência e parada respiratórias.

Evolução

Podem ocorrer complicações como pneumonia por aspiração, infecção e paralisia respiratória, levando ao óbito. O botulismo do lactente é responsável por 5% das mortes súbitas nesse grupo.

Tratamento

O paciente deverá ser encaminhado à Unidade de Tratamento Intensivo, para tratar a insuficiência respiratória aguda e receber tratamento suporte às complicações. Quando disponível, poderá ser utilizada a antitoxina botulínica trivalente. Seu uso não é recomendado em crianças.

Prevenção

É importante não consumir alimentos que estejam em latas com tampas estufadas ou com odor rançoso. As pessoas que preparam enlatados e conservas caseiras devem conhecer as técnicas de conservação: tempo, preparo e temperatura adequada para destruição dos esporos do bacilo do botulismo.



DILMA MATOS NOGUEIRA
      NUTRCIONISTA                                         FONE:9251-5750/3326-9003
         CRN3:30261                                                   PERSONAL DIET

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